Justiça seja feita!!! este tinha que ter sido a primeira postagem do blog, afinal foi de uma brincadeira entre amigos que este nome "Papiro de Bananeira", então em homenagem a Denise Xavier, Fabiano Lodi e Rose D´poget, eis o texto Medeia - de Euripedes; um dos clássicos do teatro Grego, e que inspirou também futuramente nosso Chico Buarque a escrever Gota D`água.
QUEM FOI EURIPEDES?
Pouco se sabe de sua origem. Acredita-se que ele era filho de um mercador de legumes. O último dos três grandes trágicos, nasceu na Ilha de Salamina, a 23 de setembro do ano 480, e morreu em Macedônia no ano 406 antes da era cristã. Estudou física com Anaxágoras e retórica com Prodico. Eurípedes é considerado por muitos como o homem que revolucionou a técnica teatral. De pais abastados, acredita-se que foi amigo de Anaxágoras, Protágoras e Sócrates.
Ganhou o primeiro prêmio nos concursos dramáticos apenas quatro vezes e uma quinta, após a morte, com uma tetralogia que incluiu "As Bacantes", sem dúvida das suas tragédias a que maior interesse suscita em nossos dias.
Ele não tinha a mesma preocupação com o destino como tinha Ésquilo e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados nas obras de Homero. Eurípedes tentou mostrar o homem como ele realmente é, ou seja, quase sempre perverso e fraco.
Na sociedade de Atenas, corroída pelo ceticismo, já não havia grande interesse pelas ações dos deuses, então desacreditados. Eurípedes compreendeu essa particularidade de seu tempo, e fez com que seus personagens vivesse dramas passionais, próprios da pessoa humana. Assim, deu preferência aos temas de amor, aliás, preferido pelos poetas gregos, desde o rapto de Helena, que originou a guerra de Tróia. A figura humana adquire, em seus dramas, importância maior que a dos deuses. Ele estuda os sentimentos e paixões da alma.
A sua educação foi a de um livre-pensador e sofista, para quem as crenças e os valores não podiam escapar a exame. Em sua obra o papel de mito foi o de matéria-prima para mais livre elaboração, o que explica o novo sentido que dá ao prólogo e a intervenção habitual das divindades no final das tragédias, artifícios que esclarecem e resolvem a nova acomodação dos incidentes.
O que há de mais expressivo, porém, em Eurípedes é o personagem humanizado, mais próximo do cotidiano do que nos que o precederam, particularmente as figuras femininas, de nítido perfil psicológico em sua popularidade, a tal ponto que isto se tornou assunto para autores menores de comédias, um dos quais escreveu um texto intitulado. "O Fanático de Eurípedes". Em sua obra os componentes da tragédia se ampliaram, admitindo o romanesco e mesmo o cômico. Esse desvio dos padrões tradicionais explica a influência que exerceu sobre autores da comédia nova. Em Roma foi dos tragiógrafos gregos o mais imitado; o seu prestígio reviveu no Renascimento.
Sobreviveram ao tempo muito mais obras de Eurípedes do que dos outros autores trágicos. Isso aconteceu porque, apesar de Eurípedes não obter muito sucesso junto ao seu povo, pois poucas vezes conseguiu vencer os concursos que participou, sua obra, por abordar temas patéticos e idéias abstratas, foi muito apreciada no século IV.
Devido a essa preferência é possível a elaboração de uma lista de obras com datas quase precisas, são elas: Alceste (438), Medéia (431), Hipólito (428), Hécuba, Os Heráclidas, Andrômaca, Héracles, As suplicantes, Íon, As troianas (415), Eletra, Ifigênia em Táurida, Helena (412), As fenícias, Orestes (408), As bacantes, Ifigênia e Áulis, Ciclope (com data desconhecida). A obra Média, uma das mais conhecida entre nós, é um drama de amor e paixão. E essa é a grande diferença que existe entre as obras de Eurípedes e as de Ésquilo e Sófocles. Na obra de Ésquilo o amor é praticamente nenhum. Em Sófocles ele geralmente fica em segundo plano. No entanto, em Eurípedes, ele é essencial e chega às últimas conseqüências, ou seja, a vingança e a morte. Em Eurípedes ainda encontramos a loucura, que pode ser vista na obra Héracles.
Fonte: http://www.netsaber.com.br/
Ganhou o primeiro prêmio nos concursos dramáticos apenas quatro vezes e uma quinta, após a morte, com uma tetralogia que incluiu "As Bacantes", sem dúvida das suas tragédias a que maior interesse suscita em nossos dias.
Ele não tinha a mesma preocupação com o destino como tinha Ésquilo e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados nas obras de Homero. Eurípedes tentou mostrar o homem como ele realmente é, ou seja, quase sempre perverso e fraco.
Na sociedade de Atenas, corroída pelo ceticismo, já não havia grande interesse pelas ações dos deuses, então desacreditados. Eurípedes compreendeu essa particularidade de seu tempo, e fez com que seus personagens vivesse dramas passionais, próprios da pessoa humana. Assim, deu preferência aos temas de amor, aliás, preferido pelos poetas gregos, desde o rapto de Helena, que originou a guerra de Tróia. A figura humana adquire, em seus dramas, importância maior que a dos deuses. Ele estuda os sentimentos e paixões da alma.
A sua educação foi a de um livre-pensador e sofista, para quem as crenças e os valores não podiam escapar a exame. Em sua obra o papel de mito foi o de matéria-prima para mais livre elaboração, o que explica o novo sentido que dá ao prólogo e a intervenção habitual das divindades no final das tragédias, artifícios que esclarecem e resolvem a nova acomodação dos incidentes.
O que há de mais expressivo, porém, em Eurípedes é o personagem humanizado, mais próximo do cotidiano do que nos que o precederam, particularmente as figuras femininas, de nítido perfil psicológico em sua popularidade, a tal ponto que isto se tornou assunto para autores menores de comédias, um dos quais escreveu um texto intitulado. "O Fanático de Eurípedes". Em sua obra os componentes da tragédia se ampliaram, admitindo o romanesco e mesmo o cômico. Esse desvio dos padrões tradicionais explica a influência que exerceu sobre autores da comédia nova. Em Roma foi dos tragiógrafos gregos o mais imitado; o seu prestígio reviveu no Renascimento.
Sobreviveram ao tempo muito mais obras de Eurípedes do que dos outros autores trágicos. Isso aconteceu porque, apesar de Eurípedes não obter muito sucesso junto ao seu povo, pois poucas vezes conseguiu vencer os concursos que participou, sua obra, por abordar temas patéticos e idéias abstratas, foi muito apreciada no século IV.
Devido a essa preferência é possível a elaboração de uma lista de obras com datas quase precisas, são elas: Alceste (438), Medéia (431), Hipólito (428), Hécuba, Os Heráclidas, Andrômaca, Héracles, As suplicantes, Íon, As troianas (415), Eletra, Ifigênia em Táurida, Helena (412), As fenícias, Orestes (408), As bacantes, Ifigênia e Áulis, Ciclope (com data desconhecida). A obra Média, uma das mais conhecida entre nós, é um drama de amor e paixão. E essa é a grande diferença que existe entre as obras de Eurípedes e as de Ésquilo e Sófocles. Na obra de Ésquilo o amor é praticamente nenhum. Em Sófocles ele geralmente fica em segundo plano. No entanto, em Eurípedes, ele é essencial e chega às últimas conseqüências, ou seja, a vingança e a morte. Em Eurípedes ainda encontramos a loucura, que pode ser vista na obra Héracles.
Fonte: http://www.netsaber.com.br/
Este texto se encontra em domínio publico, porem, é necessário verificar com as entidades competentes os direitos de tradução, a não ser que o tradutor tenha falecido a mais de 70 anos
MEDEIA:
http://rapidshare.com/files/261327110/medeia.pdf.html
Bom proveito
Abraço
Wander Moliani
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