quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ENTRE QUATRO PAREDES DE JEAN PAUL SARTRE


Aeeee, macacada, bando de desocupados que eu tanto gosto!!!!!!!



Demorei, mais voltei!!!!!


Ó esse tem que se macho p/ encara, é daquele tipo de autor que mexe com a cabeça da gente, que faz a gente duvida do induvidavel, dessa peça que saiu a expreção "...o inferno são os outros...". E AI? FICO COM MEDINHO ÉÉÉÉÉ???



Larga a mão de ser cagão e se aventure numa das mais brilhantes mentes da Filosofia em sua obra prima "Entre Quatro Paredes"



ESPECIALMENTE Á: Rodriggo Soares, Eu acho que aqui esta o que você quis dizer com seu texto, então, leia e inspire-se, afinal, "...como se Encontrar se você não se Aventura em Perder?... - O Vendedor de sonhos -" Taí Rodriggo, se você não der certo como autor, pode vender sonhos, "em padarias ou de porta em porta, hahahhahaha!!!!!!!!!" eu tiro Zuera mesmo, com amigo pode!!!!!


QUEM FOI JEAN PAUL SARTRE ?

Escritor e pensador francês, Jean-Paul Sartre nasceu em Paris a 21/06/1905 e morreu na mesma cidade a 15/04/1980, já senil, de ataque cardíaco. Estudou desde 1924 na École Normale Supérieure. Em 1931 foi nomeado professor de filosofia em Le Havre; em 1937, no Lycée Pasteur, em Paris. Convocado para o serviço militar em 1939, foi em 1940 prisioneiro dos alemães. Libertado em 1941, voltou para Paris, lecionando no Lycée Condorcet e participando da Resistência. Depois da guerra, em 1945, foi licenciado por tempo indeterminado. Chefe dos grupos existencialistas no bairro de St. Germain-des-Prés, fundou a revista literária e política Les Temps Modernes (Os Tempos Modernos), além de escrever para o jornal de Paris Libértacion, da esquerda.

Sartre escreve sua obra filosófica principal, O ser e o nada, em 1943. Mas em 1938 já havia publicado o romance A náusea. Seu pensamento é muito conhecido e gerou, inclusive, uma "moda existencialista", também pelo fato de Sartre ter se tornado um famoso romancista e teatrólogo.

Sua produção intelectual foi fortemente marcada pela Segunda Guerra Mundial e pela ocupação nazista da França. Podemos dizer que há um Sartre de antes da guerra e outro pós-guerra, de tal forma o impacto da Resistência Francesa agiu sobre sua concepção política de engajamento. A noção de engajamento significa a necessidade de um determinado pensador estar voltado para a análise da situação concreta em que vive, tornando-se solidário nos acontecimentos sociais e políticos de seu tempo. Pelo engajamento, a liberdade deixa de ser apenas imaginária e passa a estar situada e comprometida na ação. Assim, ao escrever a peça de teatro As moscas, que versa sobre o tema do mito grego de Orestes e Electra, Sartre na verdade faz uma alegoria à ocupação alemã em Paris. Com essa obra, inaugura o chamado "teatro de situação".

Ao lado de Simone de Beauvoir, também filósofa existencialista e sua companheira de toda a vida, Sartre participou da vida política não só da França, mas mundial. Apesar de marxista, nunca deixou de criticar o autoritarismo, sobretudo quando as forças soviéticas invadiram a Tchecoslováquia. Saía à rua em protestos e, com a impunidade que lhe conferia a sua figura de cidadão do mundo, vendia nas esquinas La Cause du Peuple (A Causa do Povo), jornal maoísta, sem que ninguém ousasse prendê-lo.

Sartre pertence à ala dos filósofos existencialistas ateus, entre os quais se inclui Merleau-Ponty; na ala cristã, está Gabriel Marcel.

Cronologia
1905 Jean-Paul Sartre nasce em paris, a 21 de junho.
1907 Morte de seu pai. Muda-se para a casa do avô materno, em Meudon; retorna a Paris quatro anos depois.
1917 Em novembro, os comunistas conquistam o poder na Rússia.
1922 Mussolini, na Itália, instaura o regisme fascista.
1924 Sartre matricula-se na Escola Normal Superior, em Paris. Conhece Simone de Beauvoir.
1931 É nomeado professor de filosofia no Havre.
1933 Hitler instaura o regime nazista na Alemanha.
1936 Sartre publica A Imaginação e A Transcendência do Ego.
1938 Eclode a II Guerra Mundial.
1940 Servindo na guerra, Sartre é feito prisioneiro pelos alemães e enviado a um campo de concentração.
1941 Liberto, volta à França e entra para a Resistência. Funda o movimento Socialismo e Liberdade.
1943 Publica O Ser e o Nada.
1945 Fim da II Guerra Mundial. Sartre dissolve Socialismo e Liberdade e funda, com Merleau-Ponty, a revista Les Temps Modernes.
1952 Sartre ingressa no Partido Comunista Francês.
1956 Rompe com o Partido Comunista. Escreve O Fantasma de Stálin.
1960 Sartre publica Crítica da Razão Dialética.
1964 Publica As Palavras. Recusa o Prêmio Novel de Literatura.
1968 Durante a revolta estudantil na França e em várias partes do mundo, Sartre põe-se ao lado dos estudantes da barricada.
1970 Sartre assume simbolicamente a direção do jornal esquerdista La Cause de Peuple, em protesto à prisão de seus diretores.
1971 Publica O Idiota da Família.
1973 Colabora na fundação do jornal libertário Libértacion.
1980 Morre Jean-Paul Sartre.

AGORA, VAI, ENCARA SE TIVER CULHÃO, BICHO!!!


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Bom Proveito!


Wander moliani

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A MAIS FORTE - DE AUGUST STRINDBERG


E ai macacada, tava com saudade, né???? Voltei!!

SEGUINTE QUEM NÃO CONSEGUIR COLOCAR DEPOIMENTO NO BLOG, PÕE NO MEU ORKUT: wander moliani BELEZERA?????

E para vocês ocuparem melhor o seu tempo ocioso, ai vai mais um clássico do teatro " A Mais forte - de August Strindberg" um sueco que nasceu em 22/01/1849 e bateu as botas em 14/05/1912; OLHA A CARA DO MALUCO!!!!!!

Seu estilo é forte e bem marcante.

QUEM FOI AUGUST STRINDBERG?

Strindberg é um dos mais importantes dramaturgos suecos. Com as suas obras em prosa e os seus dramas, foi o precursor do naturalismo na Suécia e, ao mesmo tempo, o grande destaque do expressionismo e do surrealismo. Em suas peças autobiográficas, recriou ainda a sua problemática pessoal: três fracassos matrimoniais, solidão e abatimento espiritual. As suas obras impregnadas pela tristeza O Pai (1887) e A Menina Julie (1888), assim como as peças Páscoa e A Dança da Morte (ambas de 1891), ilustram esses conflitos. Sonata dos Espectros e Fogueira (ambas de 1908) assinalam já o caminho para o simbolismo. Após ter passado um longo período na França, na Suíça, na Alemanha e na Dinamarca, Strindberg regressou a Estocolmo em 1899, onde fundou, em 1907, o Teatro Íntimo.

O lurdaiáda da minha vida, esse texto é domínio publico, ou seja , tá liberado, mais tem que ver os direitos de tradução hem!!!!

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Bom Proveito povo boquetagem


Wander Moliani

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ESCRITOS DE UM LOUCO - DE ANTONIN ARTAUD


Esse é o cara! digam o que quiserem (que não vai fazer diferença nenhuma) mais esse com certesa é aquele que chegou mais perto do que um artista de palco tem que ser.

Como diria meu amigo Fabiano, o qual não tem mais o que fazer da vida e tá teclando comigo via msn, "...ATOR DE VERDADE FAZ TEMPORADA DE QUINTA A DOMINGO E SEGUNDA TERÇA E QUARTA VAI PRA CASA DE RECUPERAÇÃO, IGUAL CASSILDA BECKER..." eu não estou aqui p/ explicar o que isso significa, quer saber, leia: Escritos de um louco - de Antonin Artaud, o cara fez cinema, teatro, morreu louco e mudou a maneira de se ver a arte de uma época.

ESPECIALMENTE: A BATISTA MENDES, QUE TEM UMA PACIÊNCIA QUE ME IRRITA!!!!!!! E QUE UTILIZA O NOME DE UMA TRIBO DE INDIOS QUE FOI VIZITADA POR ESTE ILUSTRE SUJEITO EM DETERMINADO MOMENTO DE SOUA VIDA.

QUEM FOI ANTONIN ARTAUD?

Antonin Artaud nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi um poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês.

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos.

Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento.
Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.

As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder sua lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, nos falando de sua dor através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade.

“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.

Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças.
Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro deste século. Na sua obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral, denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.

Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière) ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada à manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.

Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), onde sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.
Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar ao inverso”.

“A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.”

O seu trabalho ainda inclui, ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores. Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação segundo as quais todo espetáculo é lido é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas de todo o modo é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" - em TEATRO E SEU DUPLO.

Taí Escritos de um louco:

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bom divertimento

Wander Moliani

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

FILOSOFIA DA ALCOVA - DE MARQUES DE SADE


Cambada, é o seguinte!!!!!!

vai p/ vocês uns dos meus livros preferidos, eu vós pergunto:
É um livro?
É uma peça?
É uma cronica?
O que é isso????

Enfim, Ficou curioso? Então leia "filosofia da alcova" e descubra por si mesmo. SE TIVER CORAGEM.

ESPECIALMENTE A TODOS OS AMIGOS ENVOLVIDOS NA MONTAGEM DE "PERSEGUIÇÃO E ASSASSINATO DE JEAN-PAUL MARAT" DO CENTRO CULTURAL EVOLUÇÃO (Que infelizmente não aconteceu).

QUEM FOI O MARQUES DE SADE?

Escritor francês nascido em Paris, conde de Sade, mas chamado Marquês de Sade, de cujo nome e pela força de seus escritos deriva a expressão sadismo. Descendente da aristocracia terminou seus estudos no Lycée Louis-le-Grand em Paris (1754) e ingressou no Exército, para voltar da guerra dos sete anos como capitão de cavalaria. Perverso por natureza, seu primeiro caso de sadismo ocorreu em Aix-en-Provence", quando torturou prazeirosamente uma moça. Condenado à morte, mas indultado, estes casos repetiram-se em várias outras cidades como em Arcueil e Marselha. Várias vezes preso, sempre conseguia evadir-se, até ser preso definitivamente em Vincennes (1777), de onde foi transferido para a prisão da Bastilha (1784). Esteve internado no hospício de Charenton (1789-1790, 1801-1814), onde finalmente encontrou a morte. Foi neste hospício e tendo os próprios loucos como atores que ele conseguiu montar suas muitas peças, entre elas Les 120 journées de Sodome (1785), Justine ou les malheurs de la vertu (1791), La Philosophie dans le boudoir (1795), seu romance mais famoso, Pauline et Belval (1796) e Juliette ou les Prospérités du vice (1798). Sua obra foi marcada pelo toque sentimental que retratando os costumes vigentes na França da sua época, deformadas pelas descrições patológicas das perversões sexuais, e até hoje gera, no mínimo, curiosidade.

SEGUINTE O LURDAIADA (não tinha usado essa palavra ainda no blog, legal) ESTA OBRA É DOMÍNIO PUBLICO, ENTÃO USE E ABUSE DELA.

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Bom Proveito

Wander Moliani


domingo, 2 de agosto de 2009

A HISTORIA É UMA ISTORIA - MILLÔR FERNANDES


Fala cambada!!!!
p/ não falar que eu não coloco comédia nesse blog, essa é a segunda que eu tô mandando ai.

afinal, teatro não é só sofrimento, né?????

QUEM FOI MILLÔR FERNANDES?

Millôr Viola Fernandes, cartunista, jornalista, cronista, dramaturgo, roteirista, tradutor e poeta brasileiro. Nasce no Rio de Janeiro, em 1923, filho do engenheiro Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes.

Nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber na adolescência. Órfão de pai aos dois anos e de mãe aos 11, desde muito cedo começa a trabalhar. Aos 15 anos entra para a revista O Cruzeiro como contínuo. Aos 16 anos, convidado para colaborar na revista A Cigarra, cria o pseudônimo Vão Gôgo. Em 1943 volta para a revista O Cruzeiro, que passa, ao longo dos anos, de 11 mil exemplares para 750 mil exemplares semanais. Em 1946, faz sua estréia literária com o livro Eva sem Costela - um livro em defesa do homem, e sete anos depois é montada sua primeira peça de teatro, Uma Mulher em Três Atos. Em 1964 edita a revista humorística O Pif-Paf, considerada uma das pioneiras da imprensa alternativa, e quatro anos depois participa da fundação do jornal O Pasquim.

Cartunista, vem colaborando nos principais órgãos da imprensa brasileira; cronista, tem mais de 40 títulos publicados; dramaturgo, alcançou sucessos como Liberdade, Liberdade (em parceria com Flávio Rangel), Computa, computador, computa e É..; artista gráfico, tem trabalhos expostos em várias galerias de arte do Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Faz roteiros de filmes, programas de televisão, shows e musicais e é um dos mais solicitados tradutores de teatro do país. Irônico, polêmico, com seus textos (aforismos, epigramas, ironia, duplos sentidos e trocadilhos) e seus desenhos constrói a crônica dos costumes brasileiros dos últimos sessenta anos.

Esse texto tem direitos autorais, então antes de montar, entre em contato com o autor.

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Bom divertimento

Wander Moliani

sábado, 1 de agosto de 2009

O BEM AMADO - DIAS GOMES


E então, bando de desocupados, estou chegando com mais um texto p/ vocês!!!!!!!

To tentando variar o máximo entre textos, livros de literatura, poemas e RPG.

Agora trago a obra de um dos mais renomados dramaturgos do Brasil, Dias Gomes. Seu texto "O bem amado" é originalmente uma peça de teatro, mais já virou mini-serie na teve e até novela (assim como o texto "O Berço do Herói" que virou "Roque Santeiro") pelo menos o titulo foi mantido como no original.

QUEM É DIAS GOMES?

Alfredo de Freitas Dias Gomes, o conhecido teatrólogo Dias Gomes, é baiano, de Salvador. Nasceu a 19 de outubro de 1922, filho do engenheiro arquiteto Plinio, que faleceu quando Dias Gomes tinha apenas três anos de idade, deixando a educação dos três filhos à esposa. Esta, embora tendo sido preparada apenas para as prendas domésticas, lutou muito, para educar os filhos. O mais velho formou-se em Medicina, mas Dias Gomes .... esse não gostava de estudar. Era mais dado ao futebol, à praia, às conversas. Mas, com 15 anos apenas, já ganhou um primeiro prêmio com uma peça de teatro, que foi inscrita num concurso do Serviço Nacional de Teatro. Aí recebeu seu primeiro dinheiro. E é de se registrar, que jamais tinha assistido ou lido uma peça teatral. Empolgou-se muito. Os familiares nem sabiam o que dizer. Aos 19 anos, agora já em caráter profissional, escreveu “Pé de Cabra”, peça que foi encenada por Procópio Ferreira e que fez grande sucesso. Procópio propôs ao garoto um contrato de exclusividade. Mas esse contrato durou só um ano, já que o renomado ator exigia um estilo diferente do de Dias Gomes. O garoto não gostava do “teatro digestivo”. Embora bem jovem, queria um teatro que focalizasse os problemas brasileiros, um teatro de “protesto”. Dias Gomes aceitou então o convite de Oduvaldo Viana e foi para S.Paulo, participar de um grupo de redatores para a Rádio Panamericana. Era o rádio-teatro que surgia. E Dias Gomes, ao lado de Oduvaldo, Mario Lago e outros, aceitou o desafio. Escrevia adaptações de grandes obras da Literatura Universal. Chegou a escrever, ao todo, cerca de 500 adaptações para o rádio. Nessa época já sofreu alguma perseguição política. E o jovem Dias Gomes da Rádio Panamericana foi para as Rádios Tupi e Difusora, sempre na mesma linha de trabalho. Sua cabeça foi “pedida” algumas vezes, mas os colegas sempre o protegiam. Foi depois para a Rádio América e à seguir para a Rádio Bandeirantes. Bem jovem, teve um casamento prematuro com Madalena. Mas foi no tempo da Tupi, que conheceu Janete Clair, que se tornou mais tarde, uma novelista famosa, e com quem Dias Gomes ficou casado por 33 anos, até a morte dela. Tiveram três filhos. A ida para o Rio de Janeiro, já com Janete, deu-se em 1950. Foi para a Rádio Tamoio, depois passou a diretor da Rádio Clube do Brasil, que era de Samuel Weiner. Foi em 1953 que Dias Gomes foi para Moscou, fato considerado profundamente “subversivo” , na época. Havia a famosa “Cortina de Ferro”, e Dias foi fotografado em plena “Praça Vermelha”, carregando flores. Carlos Lacerda, grande político e inimigo de Weiner, publicou a foto de Dias, sob o título: “Diretor da Rádio Clube leva flores para o túmulo de Stalin, com dinheiro do Banco do Brasil”. Não era verdade, mas Dias Gomes caiu em desgraça. Não conseguiu mais trabalho no país, e sua entrada para a Globo, deu-se de forma clandestina. Escrevia com 3 pseudônimos diferentes, entre os quais, o de sua mulher, Janete Clair. Era assim que ganhava seu dinheiro, embora sempre tivesse continuado a escrever para o teatro, que é realmente “a sua vida”, como Dias Gomes diz. Com o passar do tempo, porém, foi colocando seu nome nas suas novelas, que fizeram muito sucesso. Entre outras: “Verão Vermelho”, “Sinal de Alerta”, “Bandeira 2”, “Espigão” ,, “Saramandaia”, “Roque Santeiro”. Todas tiveram problemas com a censura, e “Roque Santeiro” só conseguiu ir ao ar, dez anos depois de escrita. Seu “estilo” forte, porém, marcou o “estilo” da Globo, um estilo bem brasileiro. Mas continuou sendo o teatro, a grande paixão do escritor. E suas peças lhe trouxeram muitos prêmios. “O pagador de promessas”, por exemplo, ganhou todos os prêmios, tando em teatro, como em cinema, para o qual foi adaptado. Suas outras peças, como: “O Santo Inquérito”, “O Berço do Herói”, “A invasão”, “Rei de Ramos”, todas plasmadas na realidade brasileira, todas com a personalidade marcante do autor, todas ganhadoras de muitos prêmios. Dias Gomes também escreveu alguns romances e mini-séries, para a TV Globo. Hoje, casado com Bernadete, com quem tem mais dois filhos, Dias Gomes acaba de lançar um livro auto-biográfico: “Apenas um subversivo”. Uma vez, numa brincadeira, dando uma entrevista à Revista Play boy, Dias Gomes se auto-definiu como “anarco, marxista, ecumênico e sensual”. E o rótulo pegou. E ele concluiu: “Isso diz tudo”. Genial, esse Dias Gomes. Verdadeira glória nacional.

Ó CAMBADA, ESSE TEXTO TEM DIREITOS AUTORAIS, AFINAL O CARA TÁ VIVO, ENTAO SE FOR MONTAR PROCURE OS ORGONS DE REGULAMENTAÇÃO.

Taí ó, texto:

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Bom Proveito

Wander Moliani


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Adolf Ritler - Minha Luta


E ai cambada!!!!!!!!! estou de volta, postando mais conhecimento p/ vocês.
Antes que falem Besteira, eu não sou Nazi, Tá!!!! e não apoio esse movimento, mais o livro Minha Luta de Adolf Hitler, é bacana de ser lido, e se pensarmos que um Chanceler alemão (que era Austríaco) fez o estrago que fez, e faz até hoje...

Eu conheci uma pessoa que me dizia "mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda..." por isso ai vai esse livro p/ vocês.

ESPECIALMENTE: Para meu amigo Wesley e Meu cunhado Irio.

QUEM FOI ADOLF HITLER?

Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

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Bom proveito Galera

mais

Wander Moliani


quarta-feira, 29 de julho de 2009

RPG: Revelações de Enoch/ P/ Vampiro a Mascara


Olha macacada, esse já é pros rpgintas, esses nerds e conhecedores plenos da cultura (útil e inútil) mundial.

com as "Revelações de de Enoch" você pode melhorar suas campanhas com citações ou textos para serem decifrados ou interpretados.

Eu pessoalmente uso paca!!!!!!!!!

Por ser um livro de jogo, não tem biografia, e lembrem-se o lurdaiáda! Isso é um jogo, não é real, é pra ficar no mundo da imaginação, se você quer fazer de verdade o que o livro diz, então...

Procura um Medico q você tem problema na cabeça!!!!!!!!!!!!

Senão depois fica todo mundo torcendo o nariz p/ RPGinta por causa dessas manés.


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então bom proveito

um abraço

Wander Moliani

MEDEIA - DE EURIPEDES


Justiça seja feita!!! este tinha que ter sido a primeira postagem do blog, afinal foi de uma brincadeira entre amigos que este nome "Papiro de Bananeira", então em homenagem a Denise Xavier, Fabiano Lodi e Rose D´poget, eis o texto Medeia - de Euripedes; um dos clássicos do teatro Grego, e que inspirou também futuramente nosso Chico Buarque a escrever Gota D`água.

QUEM FOI EURIPEDES?

Pouco se sabe de sua origem. Acredita-se que ele era filho de um mercador de legumes. O último dos três grandes trágicos, nasceu na Ilha de Salamina, a 23 de setembro do ano 480, e morreu em Macedônia no ano 406 antes da era cristã. Estudou física com Anaxágoras e retórica com Prodico. Eurípedes é considerado por muitos como o homem que revolucionou a técnica teatral. De pais abastados, acredita-se que foi amigo de Anaxágoras, Protágoras e Sócrates.

Ganhou o primeiro prêmio nos concursos dramáticos apenas quatro vezes e uma quinta, após a morte, com uma tetralogia que incluiu "As Bacantes", sem dúvida das suas tragédias a que maior interesse suscita em nossos dias.

Ele não tinha a mesma preocupação com o destino como tinha Ésquilo e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados nas obras de Homero. Eurípedes tentou mostrar o homem como ele realmente é, ou seja, quase sempre perverso e fraco.

Na sociedade de Atenas, corroída pelo ceticismo, já não havia grande interesse pelas ações dos deuses, então desacreditados. Eurípedes compreendeu essa particularidade de seu tempo, e fez com que seus personagens vivesse dramas passionais, próprios da pessoa humana. Assim, deu preferência aos temas de amor, aliás, preferido pelos poetas gregos, desde o rapto de Helena, que originou a guerra de Tróia. A figura humana adquire, em seus dramas, importância maior que a dos deuses. Ele estuda os sentimentos e paixões da alma.

A sua educação foi a de um livre-pensador e sofista, para quem as crenças e os valores não podiam escapar a exame. Em sua obra o papel de mito foi o de matéria-prima para mais livre elaboração, o que explica o novo sentido que dá ao prólogo e a intervenção habitual das divindades no final das tragédias, artifícios que esclarecem e resolvem a nova acomodação dos incidentes.

O que há de mais expressivo, porém, em Eurípedes é o personagem humanizado, mais próximo do cotidiano do que nos que o precederam, particularmente as figuras femininas, de nítido perfil psicológico em sua popularidade, a tal ponto que isto se tornou assunto para autores menores de comédias, um dos quais escreveu um texto intitulado. "O Fanático de Eurípedes". Em sua obra os componentes da tragédia se ampliaram, admitindo o romanesco e mesmo o cômico. Esse desvio dos padrões tradicionais explica a influência que exerceu sobre autores da comédia nova. Em Roma foi dos tragiógrafos gregos o mais imitado; o seu prestígio reviveu no Renascimento.

Sobreviveram ao tempo muito mais obras de Eurípedes do que dos outros autores trágicos. Isso aconteceu porque, apesar de Eurípedes não obter muito sucesso junto ao seu povo, pois poucas vezes conseguiu vencer os concursos que participou, sua obra, por abordar temas patéticos e idéias abstratas, foi muito apreciada no século IV.

Devido a essa preferência é possível a elaboração de uma lista de obras com datas quase precisas, são elas: Alceste (438), Medéia (431), Hipólito (428), Hécuba, Os Heráclidas, Andrômaca, Héracles, As suplicantes, Íon, As troianas (415), Eletra, Ifigênia em Táurida, Helena (412), As fenícias, Orestes (408), As bacantes, Ifigênia e Áulis, Ciclope (com data desconhecida). A obra Média, uma das mais conhecida entre nós, é um drama de amor e paixão. E essa é a grande diferença que existe entre as obras de Eurípedes e as de Ésquilo e Sófocles. Na obra de Ésquilo o amor é praticamente nenhum. Em Sófocles ele geralmente fica em segundo plano. No entanto, em Eurípedes, ele é essencial e chega às últimas conseqüências, ou seja, a vingança e a morte. Em Eurípedes ainda encontramos a loucura, que pode ser vista na obra Héracles.

Fonte: http://www.netsaber.com.br/

Este texto se encontra em domínio publico, porem, é necessário verificar com as entidades competentes os direitos de tradução, a não ser que o tradutor tenha falecido a mais de 70 anos

MEDEIA:

http://rapidshare.com/files/261327110/medeia.pdf.html

Bom proveito

Abraço

Wander Moliani

terça-feira, 28 de julho de 2009

AUGUSTO DOS ANJOS, O POETA MALDITO

E AI CAMBADA!!!!!!!!!!!!!!!!


Estou disponibilizando alguns poemas de Augusto dos Anjos, CONSIDERADO UM POETA MALDITO DE NOSSA LITERATURA.

QUEM FOI AUGUSTO DOS ANJOS?

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho "Pau d'Arco", em Paraíba do Norte, a 20 de abril de 1884, e morreu em Leopoldina (Minas Gerais) a 12 de novembro de 1914. Em 1907, bacharelou-se em Letras, na Faculdade do Recife, e, três anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu durante algum tempo o magistério. Do Rio, transferiu-se para Leopoldina, por ter sido nomeado para o cargo de diretor de um grupo escolar. Morreu nessa cidade, com pouco mais de trinta anos. Apesar da sua juventude, os padecimentos físicos tinham-lhe gravado no semblante profundos traços de senilidade. Augusto dos Anjos publicou quase toda a sua obra poética no livro "Eu", que saiu em 1912. O livro foi depois enriquecido com outras poesias esparsas do autor e tem sido publicado em diversas edições, com o título Eu e Outros Poemas. Se bem que nos tivesse deixado apenas este único trabalho, o poeta merece um lugar na tribuna de honra da poesia brasileira, não só pela profundidade filosófica que transpira dos seus pensamentos, como pela fantasia de suas divagações pelo mundo científico. São versos que transportam a dor humana ao reino dos fenômenos sobrenaturais. Suas composições são testemunhos de uma primorosa originalidade.

Este autor esta em domínio publico segundo a legislação brasileira, pois já completou 70 anos de falecimento.

Aqui temos uma amostra deste poeta:

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FONTE: http://www.netsaber.com.br

bom divertimento a todos

Wander Moliani

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA - DE PLINIO MARCOS



Obrigado por com partilhar sua falta duque fazer comigo e ver este blog, então como primeiro texto a ser disponibilizado, um dos meus preferidos.


DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA - DE PLÍNIO MARCOS

vejamos o que o autor tem a dizer sobre esta obra:

DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA

“Então, escrevi Dois Perdidos numa Noite Suja para eu mesmo representar. Ator pequeno, sem nome, sem carreira, sem nada, trabalhando de técnico na Televisão Tupi, ninguém convidava pra nada. Ninguém se lembrava que eu era também ator. Então escrevi uma peça com papel pra mim.” “Uma peça de dois personagens, inspirada num conto do Moravia, O Terror de Roma. Peguei o Ademir Rocha, que também estava desempregado, e chamei o Benjamin Cattan pra dirigir. E, como não tínhamos local, fomos estrear no Ponto de Encontro, um bar na Galeria Metrópole, que o Emílio Fontana conseguiu pra nós.


Lembrando: para montar esse texto é preciso verificar os direitos com a família do autor, pois pela lei Brasileira o domínio publico só ocorre com 70 anos de falecimento do mesmo.

Quem foi Plínio Marcos???

Considerado um autor maldito, o escritor e dramaturgo Plínio Marcos foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Poucos escreveram sobre homossexualismo, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade.

Era, segundo ele mesmo afirmava, "figurinha difícil". Foi, entre as coisas que dele se sabe, dramaturgo, ator, jornalista, tarólogo, camelô de seus próprios livros, técnico da extinta TV Tupi, jogador de futebol e palhaço.

Nasceu em Santos (SP) a 29 de setembro de 1935 e morreu em São Paulo (SP) a 19 de novembro de 1999. Depois de tentar tornar-se jogador de futebol e de trabalhar como palhaço de circo por cinco anos, escreveu, aos 22 anos, sua primeira peça, "Barrela", a qual chegou às mãos de Patrícia Galvão (Pagú), que ficou entusiasmada ao lê-la.

A partir daí e com a ajuda de Pagú, Plínio integrou o elenco de companhias amadoras de teatro. Depois, transferiu-se para São Paulo, no início da década de 60, onde participou da criação do Centro Popular de Cultura da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Na década de 60, Plínio participou, também, da novela "Beto Rockfeller", na TV Tupi, de 4 de novembro de 1968 a 30 de novembro de 1969, fazendo o papel de Vitório, melhor amigo de Beto Rockfeller (Luiz Gustavo) -personagem principal da novela. Em entrevista concedida à Folha, em 1993, Plínio afirmou: "nunca gostei de trabalhar. Só fiz 'Beto Rockfeller' para não ficar órfão ("ficar órfão" significava cair nas garras dos militares). Quando me ofereceram o papel, pensei: se aceitá-lo, ganharei evidência. E, enquanto estiver em evidência, os milicos não me pegarão."

A ligação de Plínio com a TV brasileira nunca foi das melhores, em 1994, ao responder à pergunta "Qual foi o 1º programa que você viu na TV?", feita para uma enquete do caderno TV Folha, da Folha de S.Paulo, ele respondeu: "Nada. Nunca vi TV".

Na mesma época da novela Beto Rockfeller, Plínio era visto pelos militares que governavam o país como um "inimigo do sistema". Após o ano de 1968, o teatro de Plínio Marcos era sistematicamente censurado. Até mesmo Dois Perdidos Numa Noite Suja e Navalha na Carne, que já haviam sido apresentadas em diversas regiões do país, foram interditadas em todo o território nacional.

Na década de 70, Plínio Marcos era o próprio símbolo do autor perseguido pela censura. Incomodava a ditadura e a Censura Federal. Foi preso pelo 2º Exército em 1968, sendo liberado dias depois por interferência de Cassiano Gabus Mendes, então diretor da Televisão Tupi. Em 1969, foi preso em Santos, no Teatro Coliseu, por se recusar a acatar a interdição do espetáculo Dois Perdidos Numa Noite Suja, em que trabalhava como ator. Foi transferido depois, do presídio de Santos, para o DOPS em São Paulo, de onde saiu por interferência de vários artistas e sob a tutela de Maria Della Costa. Além dessas prisões, foi detido para interrogatório em várias ocasiões.]

Na década de 80, quando o regime militar terminou e suas peças foram liberadas, Plínio novamente surpreendeu. Escreveu as peças "Jesus Homem" e "Madame Blavatsky" nas quais mostra um seu lado mais espiritualista. Em 1985, ganhou os prêmios Molière e Mambembe pela peça "Madame Blavatsky".

Entre suas melhores obras estão: "Barrela" (1958), "Dois Perdidos Numa Noite Suja" (1966), "Navalha na Carne" (1967), "Quando as Máquinas Param" (1972), "Madame Blavatsky" (1985).

Jornais e revistas

Começou escrevendo uma coluna semanal, aos domingos, no extinto jornal Última Hora, SP, em 1968. A coluna chamava-se Navalha na Carne e inicialmente escrevia pequenos contos. Já em 1969, a coluna passa a ser diária, escrevendo crônicas sobre assuntos variados, geralmente denunciando e polemizando. É exemplar a campanha que fez contra a TV Globo por ocasião da novela A cabana do Pai Tomás, campanha que teve grande repercussão, gerando vários artigos seus e de vários outros artistas.

Em 1969, despede-se da coluna Navalha na Carne ("Meus Cupinchas, Tchau") e passa a fazer, no mesmo jornal, entrevistas de página inteira, com o título de Plínio Marcos Escracha. Entrevista, entre outros, Procópio Ferreira, Saracura, Leila Diniz, Geraldão da Barra Funda, Brinquinho e Brioso, José Ramos Tinhorão, Nego Orlando, Antônio porteiro (do Arena, seu grande amigo).

De outubro de 1969 a março de 1970, passa a publicar, em capítulos, a história de Balbina de Iansã, que resultaria na sua peça do mesmo nome.

Em 1970, transfere-se para o jornal Diário da Noite, SP, com sua coluna de entrevistas Plínio Marcos Escracha. Em 1971, volta para o jornal Última Hora, com sua coluna diária Navalha na Carne, intercalando pequenos contos e crônicas variadas. De setembro a dezembro de 1971, é editor de uma página de variedades. E nesses anos também fazia a cobertura do desfile das escolas de samba de São Paulo, por ocasião do Carnaval.

A coluna Navalha na Carne permanece no jornal Última Hora até julho de 1973, com um breve intervalo, no segundo semestre de 1972, quando assina uma coluna semanal no jornal Guaru News (de Guarulhos, SP), com o título de Nas Quebradas do Mundaréu.

No segundo semestre de 1973, sua coluna no jornal Última Hora passa a se chamar Plínio Marcos Conta. E, em 1974, com novo formato, a coluna diária passa a se chamar Jornal do Plínio Marcos. Nesse mesmo ano, escreve grandes reportagens e, ainda, semanalmente, tem uma página intitulada Encontros com Plínio Marcos, na qual entrevista grandes personalidades, como Jânio Quadros. O Jornal do Plínio Marcos permanece no jornal Última Hora até julho de 1975, quando Plínio é demitido.

Em outubro de 1975, é contratado pelo jornalista Mino Carta para escrever uma coluna sobre futebol na revista Veja. Mas, como não perdia a oportunidade de criticar desde cartolas e dirigentes de futebol até a ditadura militar e a censura, teve várias crônicas censuradas e não publicadas, até sua demissão em janeiro de 1976.

Durante um ano ficou impedido de escrever em jornais, escrevendo apenas colaborações esparsas, por exemplo, para a revista Realidade, para a qual contribuiu com contos-reportagens.

Em fevereiro de 1977, recebeu um convite do jornalista Tarso de Castro para escrever no jornal Folha de São Paulo, no qual passa a ter uma coluna diária até setembro do mesmo ano. Colabora também, nesse período, com entrevistas e reportagens para os cadernos Folhetim e Folha Ilustrada, e também para o jornal Folha da Tarde.

A partir de sua demissão do grupo Folha, não consegue mais emprego permanente nos grandes veículos de comunicação. Mas continuou escrevendo para diversos jornais e revistas do país

Também é autor dos livros: "Malagueta, Perus e Bacanaço", "A Dama do Encantado", "Abraçado ao Meu Rancor", ''Leão-de-Chácara'' e ''A Dama do Encantado'' entre outros.

Seus escritos se notabilizaram pela ousadia linguística, ele conseguia combinar a gíria dos malandros com um texto rigorosamente literário.


http://rapidshare.com/files/260958060/Dois_Perdidos_Numa_Noite_Suja_-_Pl_nio_Marcos.doc.html

bom proveito e mais.

Wander Moliani